Ontem o mundo foi surpreendido por uma notícia trágica: Aos 40 anos, o genial estilista Alexander McQueen foi encontrado morto em sua casa em Londres e as notícias dão conta que ele teria se suicidado. Não precisamos dizer o quanto a moda perde com isso. McQueen era criativo, visionário, teatral e serviu de referência para muitos jovens que estão iniciando suas carreiras como estilistas.
Nascido Lee McQueen, era filho de um taxista londrino. Desde cedo, soube que a moda era seu destino. Aos dezesseis anos, abandonou a escola e virou aprendiz dos alfaiates Anderson & Shepherd. Essa experiência lhe rendeu o domínio da alfaiataria, fundamental para seu sucesso.
Depois disso, passou por diversos outros estilistas, até que aos 21 anos foi morar em Milão para trabalhar com Romeo Gigli. Essa bagagem trouxe a aprendizagem de diferentes técnicas de criação e execução. Já fazendo sucesso, o jovem McQueen formou-se em design de moda na badalada Central St. Martins College. Já na sua coleção de conclusão de curso, foi aclamado como estilista promissor.
Seu estilo teatral e criatividade aguçada logo lhe garantiram o apelido de L'enfant terrible da moda. Em 1996, 1997 e 2001 ganhou o British Designer of the Year Award. Mas nem tudo foram flores em sua carreira: Ao ser contratado pela Givenchy, em uma manobra precipitada da maison que demitiu seu fundador, a primeira coleção de McQueen foi um fracasso.
Para muitos, isso poderia ser o fim da linha ou o início de um período de grande amargura. Não para ele. L'enfant recebeu uma nova chance em uma indústria que não costuma perdoar. No ano de 2000, a Gucci adquiriu uma participação da marca McQueen, dando maior liberdade criativa ao estilista e pondo um fim em sua relação com a Givenchy.
McQueen era aclamado por crítica e público, e idolatrado por fashionistas como a modelo Kate Moss. Sua próxima coleção seria apresentada em Março em Londres.
Alexander McQueen deixa uma lacuna no mundo da moda: seus estilo inconfundível, suas coleções autorais, as criações impressionantes, tudo isso vai fazer falta.
P.S.: Juuuuuro que da próxima vez que eu encontrar a Márcia tiro uma foto decente com a minha digital!
